terça-feira, 27 de maio de 2014

25-05-2014

    Já fui de falar mais, amar mais e até ser mais, mas parei. Parei porque cansa e uma hora o nosso todo pede uma pausa. Fui daquelas que dava mais do que podia oferecer e tirava forças de algo maior pra que tudo fizesse sentido. Fui daquelas que chorou quando o fim chegou e se despedaçou por não acreditar que era verdade. E cansou, tudo isso doeu.
E uma hora, mais do que uma pausa, o todo pede pra parar, pra que tudo isso pare. Que o amor próprio prevaleça, porque nenhum amor no mundo pode e deve ser maior do que esse. Nesse instante se ergue uma barreira entre o que há aqui e o que está ao redor. E quem é capaz de quebrar essa barreira? E quem é capaz de dizer que isso tudo tem uma razão?
Até que em algum momento, da forma mais inusitada possível, algo acontece. E esse algo é forte, intenso e incontrolável. Mas e antes? E tudo aquilo que passou? Onde fica? Perguntas sem respostas. Não existe explicação pra algo que se sente, muito menos controle.  A única força capaz de mudar ou manter algo no lugar é o medo, e ele que rege o todo. Dia após o outro o medo vai se acumulando com “E se?”. Nada na vida é certo ao ponto de podermos fechar os olhos e dar um passo a frente, podemos seguir caminhando sem maiores problemas ou tropeçar de cara no chão. Podemos flutuar ou rolar precipício abaixo. Quem pode saber? De passo em passo, de olhos abertos, e com medo, as coisas tem se guiado e seguem acontecendo. Ansiedade, esse é o ponto. O que se faz com a ansiedade e a vontade, incontrolável, de estar cada vez mais perto? E o medo de assustar? E o medo de não ser bem isso? E o medo de estar entendendo tudo errado? E esse medo de uma hora não sentir mais medo? Abrir a boca e falar, essa é a resposta, mas e o medo? Perguntas sem respostas, expectativas com coisas inexistentes. Que por um momento tudo fosse mais claro, e fácil, e sem medo.

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