sexta-feira, 26 de setembro de 2014

And then you smile at me and I'll forget everything I said.

     Os sorrisos, ah, os sorrisos. Sempre tive uma queda por eles, desde os tímidos, que me encontram no meio do caminho pra faculdade, sete e quinze da manhã, aos que se perdem no meu olhar, três e trinta e dois da madrugada, numa festa qualquer. Sempre sorri demais, distribuindo meus muitos, nem sempre tão expressivos e sinceros, sorrisos. Dos mais belos encontrei alguns que nunca vou esquecer, daqueles que vem cheios de história pra contar e o olhar perdido, incoerente com tal felicidade que deveria estar ali. No topo de tantos posso contar dois, que em segredo derretem tudo aquilo que existe dentro de mim. Anônimos, incondicionalmente. Das pernas tremerem e do 'sim' sair fácil da boca. Sim, eu aceito. Sim, sim, sim. Sem dúvidas, sim. E de tantos sorrisos matutinos, noturnos, incansáveis e incoerentes, distribuo o meu, que disfarça tantas histórias sem sorrisos, esperando que, por alguma razão, algum dia, alguém desvende tamanha interrogação.
   O que sempre me chamou atenção no beijo não são eles em si, é aquele sorriso de canto de boca que surge, depois de abrir os olhos, encostar o nariz e perceber que a pessoa não foi embora, ainda. Sorrisos conquistados sempre me chamaram muito mais atenção.

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